Boas e más noticias

Ao longo da minha vida tenho aprendido a viver com as boas e as não tão boas noticias. Também aprendi que fugir das ultimas, não me ajuda e não as resolve. Não adianta fugir, que elas correm atrás de nós.

Vivendo esse principio, sujeitei-me a fazer um check up oncológico, como já mencionei num post anterior.

Tenho 46 anos e um bebé de 15 meses para criar. O meu estado de saúde quer físico e emocional adquire agora maior importância.

Saíram já os principais resultados. Tudo ok com as analises e electrocardiograma. Tudo ok com os resultados da TAC aos pulmões. Rastreio do cancro do colo do útero, tudo ok.

Com a mamografia, situações que sem preocupação, convém vigiar e repetir exame daqui a 6 meses. Não são preocupantes porque, primeiro, não tem aspecto maligno e 2º há 1 ano atrás estava a amamentar e segundo as médicas, pode ser leite calcificado. A vigiar.

A má noticia veio com o rastreio dermatológico. O diagnóstico: 1 Basilioma. É pequeno, está nas minhas costas, numa zona que eu não repararia nunca. É maligno e tem de sair.

Confesso que fiquei muito surpresa e em choque até. O que me leva aqui a partilhar esta noticia é que se calhar há aí alguém que, como eu, pense que nunca vai ter cancro de pele porque é muito moreno, etc... Era o que eu pensava. 

Acreditava que por ser muito morena não fazia parte dos grupos de risco. Eu que até uso protector (factor 30 no corpo, 50 no rosto). O problema é que nas costas nem sempre uso porque não peço para me porem. Preocupo-me muito em por protector solar na família e esqueco-me de mim.

Isto para vos dizer que já tenho agendada consulta para extrai-lo. Vai ser anestesia local, 1 pontinho ou 2 e já está. Vou tirar este "bicho mau". 

O Basilioma é o tipo de cancro de pele mais comum e sei que não vou morrer disto mas, tenho de o tirar.

Vigiem por favor os vossos sinais. Mostrem a um dermatologista que é o profissional mais habilitado para os ver. 
Próxima etapa do check up e não mais fácil: colonoscopia. Depois dou noticias.
Deixo aqui este meu alerta! Vigiem a vossa saúde, não sejam negligentes com o que Deus nos deu para cuidarmos, com carinho! ao honrar o meu corpo, honro O Criador!.
Um beijinho grande, e obrigada por me lerem!

Deixo aqui este texto que me tem animado por estes dias:
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim.
Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa;
Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.
Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
Salmos 139:9-14

@anavalido 2017

Revisão Beatriz Valido

Só para meninas! Uma partilha intima

Cá estou eu, fresquinha das férias. Na foto tínhamos acabado de sair da piscina fluvial do Agroal, sem filtros, nem maquilhagem. Ao natural!

Foram muito tranquilas estas primeiras férias grandes com o Simãozinho. Primeiras porque no ano passado a meu ver, não contou. 

Estava a gozar a minha licença de maternidade e o Pedro tinha acabado de mudar de emprego e por isso não teve férias. Consideramos estas as primeiras férias. Foram 3 semanas e meia de sopas e descanso. Muito calor, muitos banhos e muitos miminhos ao nosso piratinha que desde que começou a andar, não pára, literalmente.

Em breve também vou voltar a falar do meu checkup. Fiz a primeira parte dos exames mas ainda falta a parte 2 e a 3. Depois virá a consulta final com os resultados. 

Vou então partilhar 2 temas relacionados com algo que é comum a todas as mulheres. E o que é? O período menstrual, claro!

Eu disse que ia ser muito "à frente". Vamos a ver se vocês acham o mesmo.

Copo Menstrual

Há mais de 3 anos que escolhi usar o copo menstrual. (Lembro mais uma vez que sempre que clicarem nas palavras a azul e sublinhado nos meus textos, vão abrir uma outra página que explica mais detalhadamente os conceitos.)

O que me levou a optar, na altura, pelo copo foram 4 razões que pesaram bastante na minha decisão. Para mim são estas as principais, mas as vantagens são muitas.

A primeira foi a questão económica. Eramos duas meninas cá em casa a menstruar e era exorbitante o valor mensal que se gastava em pensos e tampões. A segunda razão foi higiénica, por motivos óbvios. Imaginem a quantidade de produtos menstruais que ia parar ao lixo. Com o copo a higiene é imensa e tudo é inodoro. A terceira, e essa pesou muito, foi a razão ecológica. Um copo menstrual se bem utilizado, dura até 10 anos. Os pensos e tampões não são bio-degradáveis a curto prazo. A quarta razão é clínica. O copo previne infecções, pode ser usado durante muitas mais horas, inclusive durante toda a noite, coisa que os tampões são desaconselhados. Outra vantagem clínica que ainda não li em lado nenhum, mas que me apercebi pouco depois de começar a usar foi que o copo exercita a musculatura vaginal e previne as perdas de urina. Ah! pois é!.. 

O copo não é propriamente uma novidade. A primeira patente foi registada há mais de 80 anos. Porque não é mais divulgado e aconselhado? Perguntem a essa grande indústria dos pensos e tampões... Minhas meninas, o copo está para as energias renováveis como os pensos e tampões estão para as energias fósseis, caras e altamente poluentes! É o que acredito. Em breve espero que a minha filha siga o meu exemplo. Há no mercado muitas opções e tamanhos. Aconselho a lerem muito sobre os prós e contras e a verem os vídeos com conselhos e testemunhos no Youtube.

Por último, sabem que o copo menstrual está a mudar a vida das meninas africanas? Leiam este artigo: Como o Copo Menstrual está a mudar a Vida das mulheres em África. Desde sempre as meninas estão impedidas de frequentar a escola quando estão menstruadas. Por razões económicas não podem comprar pensos higiénicos. O copo está a mudar isso. Já há organizações a ajudar como a Days for Girls e outras que por cada copo vendido, doam outro. Muito interessante! Maravilhoso como algo tão simples pode fazer toda a diferença na vida de uma mulher. Vejam os vídeos e leiam os artigos, informem-se e depois contem-me se já usam ou se estão a pensar usar. Como o copo não é barato (entre €20 e €30) convém informarem-se muito bem antes de comprar, ok?

Apps Menstruais

Sempre que vou à ginecologista, ela faz a pergunta da praxe: - Quando foi a ultima menstruação? - Eu pego no telemóvel, abro a minha aplicação e digo-lhe a ultima data, a duração do ciclo, a média dos últimos meses, etc. Ela fica sempre encantada! Acho que esta aplicação é o sonho de todos os ginecologistas, a sério! Gosto imenso e já uso há mais de 4 anos, sensivelmente. Eu escolhi o Calendário do Periodo. Para além de te ajudar a controlar o período menstrual, faz o calculo com base na média dos 3 últimos ciclos, dá-te informações sobre o período fértil (o que é óptimo para quem quer e para quem não quer engravidar). A mim, ajudou-me a engravidar e tem opção para alterar para modo gravidez, o que foi muito giro pois ia contando as semanas. Já não gostei muito foi quando voltou ao modo período menstrual depois da gravidez. Ficou muito baralhado inicialmente. Tive de esperar 3 meses mas agora, já atinou outra vez. 

Mudei de telemóvel há umas semanas e fiquei aflita com medo de perder a informação toda. Segui o conselho da própria aplicação e fiz no meu mail uma cópia de segurança que depois actualizei. Bateu tudo certo! Parecia magia! Acredito que esta app pode ser muito útil. Há muitas mais aplicações, mas esta foi a que escolhi e estou muito satisfeita.
E é tudo. Espero que tenham gostado, eu gostei muito de estar convosco!

Obrigada por me lerem, beijinho.

@anavalido 2017

Revisão Beatriz Valido

Mamã Saudável, Bebé feliz!

Olá, cá estou eu com breves noticias.

Vou falar-vos sobre a minha saúde.

Já vos tinha contado que antes de engravidar do Simão mudei completamente a minha alimentação. Basicamente percebi que comia emoções. Tratei com muito carinho este aspecto. Aceitei-o e ao reconhecê-lo dei a mim própria um auto-conhecimento que me ajudou a conter a minha compulsão para comer. Eliminei por isso o açúcar, as farinhas com glutén e parte dos lacticínios. 

Descobri mais tarde que a dieta que eu tinha escolhido para a vida era nada mais do que a chamada Dieta do Paleolítico. 

Contra muito do que acreditava até então, porque sou naturalmente contra-corrente e detesto seguir modas (agora parece que virou moda algo que não é nada novo pois tem milhares de anos...). Adotei este estilo de vida que me desafiava a ser livre da dependência de açúcar e me puxava para vir para a rua, para o sol, para a floresta que amo.

Comecei ao mesmo tempo a fazer caminhadas vigorosas e pouco depois a correr. A combinação destes 2 factores permitiu-me emagrecer 12 quilos desde Março até Setembro de 2015, altura em que finalmente engravidei, com supervisão médica mas, sem recurso a qualquer tratamento de fertilidade.

Com a minha gravidez de alto risco surgiram inicialmente algumas complicações que me obrigaram a ficar em casa, de repouso, 7 meses. 

Já partilhei o quanto este descanso forçado me afectou. Durante a gravidez tive uma recaída emocional. O isolamento e a solidão inerente a quem tem de ficar confinada a 4 paredes puxou-me para trás e regredi. Comi toda a porcaria que possam imaginar e sentia-me feliz ao fazê-lo, acreditem. 

Engordei 23 quilos. Nunca na vida pesara tanto. As dores nas articulações eram insuportáveis e tive insónias muito antes do Simão nascer. Durante a noite sentia que tinha no colchão uma pedra por baixo da articulação da anca. Dormia por cima de um edredão dobrado em 4, com uma almofada entre as pernas. Mesmo assim doía muito. 

Quando o Simão nasceu resolvi voltar à minha dieta para recuperar e simultaneamente perder peso. Passados 10 dias tinha perdido 11 quilos. Hoje, já lá vão 13 meses, preciso perder uns meros 3,5 quilos. 

O meu corpo mudou muito. O excesso de peso aliado a uma barriga enorme, como se vê na foto, não ajudaram muito. Estou, no entanto, e era isto que queria essencialmente partilhar, a investir na minha saúde. Até da parte estética estou a cuidar e a procurar tudo o que está ao meu alcance corrigir.

O meu foco não está só na alimentação. Procuro passar o máximo de tempo ao ar livre. Faço caminhadas. Procuro dormir pelo menos 8 horas por dia. Sim, 8 horas! Vá! Não sejam invejosas e não agoirem!... Tenho um filho dorminhoco sim. Sai ao pai dele. A irmã era igual , não tenho culpa...

Outra preocupação que tenho, e porque tenho um filho muito pequeno para cuidar aos 46 anos, é a prevenção. 

Acredito que aos pouquinhos a politica da saúde em Portugal está a mudar para investir cada vez mais na prevenção. Já todos sabemos, e pagamos com as nossas contribuições, o preço astronómico que custa um simples tratamento oncológico e daí a preocupação acrescida em investigar aos primeiros sintomas.

Dia 8 de Agosto, vou fazer o meu primeiro Checkup oncológico. Deste fazem parte vários exames e rastreios dermatológicos, ginecológicos, pulmonares, 1 tomografia,  1 colonoscopia, mamografia, entre outros. Estou muito grata à minha empresa Fidelidade, por esta regalia fantástica pois é muito cara mesmo mas, sabem, este checkup já salvou a vida de alguns colegas meus. E a vida essa, é preciosa e não tem preço.

Quero incentivar-te a fazeres checkups com regularidade. Não tenhas medo! Fala com o teu médico de família ou outro médico de confiança. 
Mais vale prevenir, do que remediar algo que por vezes já não tem remédio. E confia, fica seguro, cuida-te.
Beijinhos a todos e muito obrigada por me lerem!

@anavalido 2017

Mas tu, Senhor,
és o escudo que me protege;
és a minha glória
e me fazes andar de cabeça erguida.

Ao Senhor clamo em alta voz,
e do seu santo monte Ele me responde.

Eu me deito e durmo, e torno a acordar,
porque é o Senhor que me sustém. - Salmos 3  vs 3-5

O Bebé já tem 1 Ano!

Só vos digo isto: Ser feliz dá muito trabalho!

Tenho estado afastada da blogosfera, é verdade! Vou explicar porquê:

Estou muito ocupada a ser feliz!

Depois do programa da Fátima Lopes, o que mudou? Pouco. Mas isso já eu sabia! O que eu queria era sim, com o meu testemunho, ser agente de mudança em outras vidas. O que se alterou na minha? 

Tornei-me mais recatada. Parece um contra senso. Há de facto detalhes privados da minha vida familiar que guardo para mim e para os que são próximos. Já não divulgo tudo o que faço, onde estou ou o que penso nas redes. Perdi mesmo a necessidade de mostrar aos outros a minha felicidade ou infelicidade, conforme os dias. 
Não tenho nada a provar, já antes não tinha. 

Estou mesmo ocupada a ser feliz!

Sabem, sou uma pessoa expressiva e que não tem problemas em falar e em se expor em publico, ou mesmo na televisão, quem me conhece sabe que eu sou assim. É a minha faceta de artista. Mas, isso não faz de mim uma exibicionista. Bem pelo contrário! Eu gosto também muito de trabalhar nos bastidores da vida das pessoas, e é isso que tenho feito. Através dos meus relacionamentos e até do meu trabalho. Invisto em vidas, e continuo a investir em mim e na minha família.

A verdade, verdadinha tenho de vos confessar: Exposição a mais incomoda-me porque não sei quem me está a ver porque genuinamente se interessa e quer aprender, partilhar, etc., ou quem está a ver simplesmente por cusquice, e a última faz-me muita comichão!

Continuando... aconteceu algo fantástico no passado mês de Junho. O meu bebé fez 1 ano e festejámos o seu 1º de muitos aniversários! "O tempo passa a correr", esta expressão ouve-se por todo o lado e é bem verdade! Parece que alguém pôs isto a rodar mais depressa, tipo um carrossel maluco!

Foi uma azáfama a 1ª festinha do meu menino! Queríamos que fosse especial, pois era a 1ª e ele foi tão esperado! Todos ajudaram. A mana esmerou-se e enfeitou a sala com balões do tema que escolhemos: O Mickey Bebé! O bolo foi a mamã que fez, na minha estreia com a pasta de açúcar! Estava cheia de medo mas, afinal, vai ser uma relação para a vida! (tinhas razão, Sofia!) Correu lindamente e já estou a planear o bolo da Beatriz que faz 17 primaveras este mês! 

Ah! Mas não é nada Paleo!... Pois não... e então?! O bebé também ainda não come bolos. Há venenos bem piores que o açúcar, que nunca amargou! O bolo era também vermelhinho por dentro com corante natural. 4 camadinhas recheadas com natas frescas e mascarpone e mirtilos fresquinhos pelo meio! Estava pouco bom, estava! 

Por falar em alimentação. O bebé está muito Paleo, mas tem dias! Sinto que não tenho informação suficiente para tomar certas decisões que só quando ele for mais crescido vou tomar em consciência e sem medos e/ou duvidas, que ainda tenho em relação a um bebé tão pequeno. Sobre o açúcar refinado, como não tenho dúvidas nenhumas, não lhe dou. O pediatra diz a rir, que eu não consigo evitar que ele coma açúcar para sempre, que um dia ele vai provar. Ok! Claro que sim, mas não lhe vou oferecer diariamente, isso nunca! 

Come glúten? Também come sim. Ontem provou papas de aveia sem glúten com maçã triturada. Adorou! Come muita carninha e peixinho! Até sopinha de fígado de vaca ele adora! Ovinhos já come inteiros e na sopinha de peixe coloco sempre ovo. Muita batata doce e muito espinafre come o meu menino! Adora iogurtes gregos feitos pela mamã na minha amiga Bimby. Ah! Pois é: de compra, nem vê-los que estão cheios de açúcar e espessantes e outros mistérios que ninguém consegue desvendar. Depois de uma conversa com o pediatra, comecei a fazer os iogurtes do Simãozinho com leite gordo do dia e sem açúcar adicionado. 

Fruta triturada da que houver com iogurte são o seu lanche preferido! Também compro fruta triturada em boiões mas sempre procuro as que são 100% fruta. Está uma maravilha o nosso menino no percentil 85 em peso e altura! Um rapagão, lindo de morrer! Sempre bem disposto e sorridente.

E são estas algumas das novidades! Enquanto o bebé dorme a sestinha, cansado do seu 1º banhinho de mar, a mamã está aqui a por a converseta em dia.

Beijinhos a todos e muito obrigada por me lerem!

@anavalido 2017

Revisão Beatriz Valido

A tarde, foi nossa!

Tinha de vos falar sobre a minha experiência na TVI, no programa Fátima Lopes, A Tarde é Sua.

Foi uma semana emocionante a que passou. Desde que recebi o convite através da produtora do programa, a Coral, tudo aconteceu muito rapidamente. As entrevistas por telefone com a simpática Patricia, a visita da equipa de reportagem mesmo no dia do meu aniversário, com direito a bolo e tudo, e foi mesmo o único bolo que tive naquele dia! Tudo passou num ápice sem me dar tempo a refletir, interiorizar, assimilar.

Contaram que descobriram, pelo facebook, a minha página do blog Do Céu, com Amor e que no dia 29 de Maio o programa seria sobre mães com mais de 40 anos. No inicio ainda pensei que fossem várias mães com os bebés como já tinha visto acontecer. Nada disso! Seria eu mesma a ser entrevistada e outra mãe...
Fui eu que pedi para levar a Beatriz pois para além de me sentir mais acompanhada tinha a certeza que esta experiência na televisão iria ser muito gira para a minha filha. Foi no próprio dia, e já em pleno estúdio e ao lhe colocarem um microfone que a Beatriz ficou a saber que também poderia intervir durante a minha entrevista. Ficou muito nervosa, claro, mas todas rimos muito e achámos o máximo! 

Muitas pessoas me disseram que eu parecia muito à vontade e nada nervosa. Estava nervosa nesse dia e até chegar ao estúdio estava mesmo muito nervosa. Nem o valdispert que tomei antes fez efeito.

Fomos maravilhosamente acolhidas e mimadas nas instalações da TVI (Media Capital) Um luxo! Foram todos muito queridos e simpáticos, desde o segurança, passando pela receção, o assistente Diogo que sempre nos acompanhou, a maquilhadora Vera, todos fantásticos! 
Mas nada me preparava para o que se seguia e isso é a resposta a todo o meu "à vontade": Fátima Lopes! esta apresentadora, esta mãe, superou as minhas melhores expectativas! Simpatizei de imediato com ela quando se dirigiu a mim em passos rápidos para me cumprimentar com 2 beijinhos, braços abertos e um enorme sorriso com aqueles olhos pestanudos e brilhantes, começa assim:- Ana, tem uma história tão linda! Parece uma montanha russa, mas no bom sentido! -Contou-me que se identificou muito comigo pois, tal como eu, ela tinha esperado muito pelo seu 2º filho, 7 anos mais exatamente e que por isso percebia o meu coração. Logo ali, ficámos de lágrimas nos olhos, falámos um pouco mas de forma muito rica sobre as nossas experiências com a maternidade. Contei-lhe que ambas tínhamos uma Beatriz. A dela fez 17 anos em Janeiro a minha faz também 17 em Julho. Nesta conversa antes do programa contou-me várias experiências que não vou aqui falar pois tenho medo de cometer alguma inconfidência. Sei que algumas são publicas mas, não arrisco, entendem, não? Não é que tenha medo de processos judiciais, mas, quem me conhece, sabe que sou assim. O que me contam, fica comigo.
O que todos assistiram não foi nada menos do que uma conversa entre 2 mães e a empatia e simpatia que se notou, foi sincera e penso que mútua, assim quero crer. 
Antes do programa começar já estávamos as 2 emocionadas e de lágrima no olho e foi assim que entrei no ar, já emocionada e a conter-me para não chorar! Ainda não tinha visto a reportagem feita em minha casa e foi a própria Fátima Lopes que me disse que já a tinha visto e que o Simão era muito querido e que estávamos muito bem, etc! -A sério?! já viu?- perguntei. - Claro que vi, senão que raio de profissional era eu! Sei tudo sobre a sua história, Ana!- Sem palavras...
Quem me dissesse em 2015 que 2 anos depois estaria em directo no programa da tarde, líder de audiências, a contar o meu testemunho... diria a essa pessoa que era louca!...

Quem quiser assistir ao programa completo entre neste link A Tarde é Sua, 29 Maio
Agradeço, de coração a todos que me seguem, e são muitos, a todos que me lêem, mesmo os que nunca confessariam que o fazem, os que nunca se manifestam, a vocês eu também estou grata. 
Espero continuar a ser digna da vossa curiosidade e de todo o carinho que tenho recebido desde que voltei a ser mamã, com 45 anos.
Nos próximos dias vou estar a preparar a 1ª festinha de aniversário da minha estrelinha, do meu príncipe Simão!
Em breve estarei de volta à blogosfera!!!.
Beijinho

@ana valido 2017

Programa A Tarde é Sua - TVI

Queridos amigos, estou que nem me aguento!

Esta semana foi repleta de surpresas!

Encontrava-me a reflectir sobre o futuro deste blog, se fazia sentido ou não continuar. 

Tudo tem o seu tempo determinado debaixo do sol, assim acredito.

O meu tempo ultimamente é escasso e se é verdade que tenho muitas experiências a partilhar, também é verdade que precisava reflectir sobre conteúdos, relevância dos temas, etc.

Segunda feira que passou, recebo um convite da produção do programa A Tarde é Sua, da TVI, apresentado pela Fátima Lopes, todos sabemos quem é.

Aceitei este convite, que muito me honrou, e informo que na próxima segunda feira, dia 29, vou estar à conversa com esta simpática apresentadora, em directo, a falar um pouco sobre tudo o que tenho partilhado convosco neste blog desde Setembro de 2016.

Hoje, dia do meu aniversário, tivemos em casa a visita da equipa de reportagem. Agradeço à Tarde é Sua e à TVI o bolo de aniversário que me ofereceram e convido-vos a darem uma espreitadela no programa, na próxima segunda, dia 29 à tarde, pois claro!.. Ponham a gravar, andem para trás, como preferirem. Ficaria muito, muito honrada se assistissem.

E, sendo assim, parece que o Blog, Do Céu, Com Amor, vai continuar! 

Com tempo quero responder a todas as mensagens de carinho que me têm escrito e que têm tornado o meu dia ainda mais especial!

Com muito carinho,

@ana valido 2017

Bebé nas compras, uma aventura sobre rodinhas

Deixem-me falar-vos sobre as minhas não idas às compras com o Simãozinho. Isso mesmo, não idas!

Compras no hipermercado

Desde que o Simãozinho nasceu que não vou a um hipermercado com ele, ou melhor, pouco vou sozinha, quanto mais com ele. Nem pensar!

Sou a nova adepta mais fervorosa das compras on line do hipermercado, com entrega ao domicilio. Mas Ana, isso não é mais caro? Podem perguntar! A entrega paga-se sim. O preço varia entre os €4,90 e os €6,90 dependendo das horas de entrega. Tudo o resto fica exactamente ao mesmo preço da loja.

Vantagens? Muitas! Senão reparem: Já contaram o numero de vezes que carregam as vossas compras quando vão vocês buscá-las e numa simples ida? Contei eu, e são 5 a 6 as vezes que carregamos os nossos produtos quando os vamos pessoalmente comprar. Reparem neste exercício: 

1ª Tira da prateleira e coloca no carrinho

2ª Tira do carrinho e coloca no tapete

3ª Tira do tapete e coloca novamente no carrinho 

4ª Tira do carrinho e coloca dentro do porta bagagens 

5ª Tira do porta bagagens e coloca à porta de casa, no meu caso no elevador

6ª Tira do elevador e coloca em casa para arrumar na dispensa

Na entrega ao domicilio saltamos todos os pontos directamente ao nº 6. Fantástico, não?! E as minhas costas agradecem!

Como se isto já não fosse razão suficiente ainda não falei na viagem até ao hipermercado, estacionamento, filas para estacionar, filas nas caixas, etc.

Outra vantagem que encontro: On line só compro o que efectivamente preciso, vejo com maior facilidade as promoções e nunca me esqueço de usar os cupões de desconto porque o próprio sistema me alerta. Conclusão: Gasto menos, acreditem! Compreendo que há quem goste muito de ir às compras, serve-lhes de passeio e tal, não é o meu caso. Não temos mesmo disponibilidade e recuso-me a gastar uma manhã do meu querido fim de semana para compras. Prefiro outros passeios e o meu tempo neste momento é mesmo demasiado precioso para gastar no hipermercado.

Não compro tudo nesta encomenda mensal. Carne, peixe, legumes e frutas e outros frescos vou comprando à semana. TUDO o resto, tudo mesmo, compro de uma só vez.

Compras no Shopping

Só vou a 1 shopping com o Simãozinho. O Oeiras Park, o verdadeiro Shopping amigo dos carrinhos de bebé. As lojas estão em exclusivo (quase todas) no piso térreo.

Tudo o resto, nem pensar! Saio com os nervos em franja! Isto por uma simples razão: A única forma de subirmos dos estacionamentos e dos pisos inferiores é por apenas 2 elevadores. No Cascais Shopping é dramático porque só temos 1 par de elevadores. Os elevadores têm assinalado que são exclusivos para carrinhos de bebés e pessoas com mobilidade reduzida. Alguém respeita??? NINGUÉM! Alguém está lá a certificar-se que respeitam essa directiva??? NINGUÉM! Se calhar nem vocês que estão a ler este texto sabiam dessa exclusividade. 

É desesperante o tempo que estamos à espera de lugar no elevador, apetece-me puxar as pessoas pelo braço cá para fora. Socorro!

Por favor respeitem a partir de hoje e usem as escadas rolantes. Deixem os elevadores para os carrinhos das mães com os seus bebés e para os utilizadores de cadeiras de rodas.

Já pensei alugar as cadeiras que o shopping disponibiliza mas só são apropriadas para bebés mais crescidos, não é o caso do meu. E continuamos sem resolver o problema dos elevadores e do acesso aos pisos superiores.

Não levem os bebés ao Shopping, podem vocês dizer. Obrigadinha! Isso faço eu, ou melhor, não faço. E quando não temos alternativa senão levá-los? E o direito que temos a poder aceder a todos os espaços que estão, pela nossa legislação, preparados para nos receber? 

Amigos das rodinhas

Penso muito nas cadeiras de rodas, aliás, desde que voltei a ser mãe penso muito nisso. Não só nos shoppings e supermercados e lojas onde corredores apertados mal dão para passar uma pessoa quanto mais uma cadeira. Também penso nas cadeiras de rodas quando vou num passeio cheio de obstáculos e buracos onde constantemente tenho de descer com o carrinho para a estrada e depois voltar a subir mais à frente, com todos os perigos que isso implica. Também penso quando vou a lugares onde não há estacionamento reservado para papás com bebés e outras pessoas com mobilidade reduzida, temos de largar o pessoal à entrada e depois ir estacionar, e quando estou sozinha, o que faço? Quem vai estacionar por mim? Ou deixo o miúdo sozinho enquanto o faço? 

Não, definitivamente, este pais e os seus cidadãos não são amigos dos carrinhos de bebés e das cadeiras de rodas... Se isto fosse o Facebook escrevia (a sentir-se triste!)

Enquanto isso, vou passeando onde há espaço e entretanto, ele vai crescer e está aqui, está a não precisar de cadeiras.

Venham outras mamãs e agarrem também esta "luta" que não é só vossa, é  pela cidadania e pelo respeito pelos direitos. É uma luta de TODOS.

Beijinho e obrigada por me lerem!

@ana valido 2017

Estas lutas, ensinaram-me a ser Mãe

Eu sou a Tânia Palmeiro, tenho 33 anos e gosto de dizer que os meus filhos são 2 milagres!

Sempre tive o desejo de ser mãe nova mas, honestamente, nunca tão nova como acabou por acontecer. Tinha apenas 19 anos. Escusado será dizer que todos acharam que estávamos     L-O-U-C-O-S e até certo ponto, quem sabe se não teriam razão?

Pouco antes do nosso primeiro Natal juntos descobrimos que eu estava grávida! Foi um misto de emoções. Se por um lado o meu marido ficou delirante, eu alternava entre a euforia de ser mãe, a incerteza das minhas futuras capacidades assim como a sensação de que iria perder a minha juventude.  

Não foram nada fáceis os dias que antecederam a primeira ecografia, no entanto todas as incertezas e dúvidas desapareceram e quando soubemos que era uma menina, então! Deus tinha ouvido a minha oração e a Madalena estava a caminho.

Fora uns pequenos sustos, posso dizer que no geral a gravidez correu sem problemas e por essa razão não tive um acompanhamento especial.

Eu morria de medo do parto e quando mais a data se aproximava, mais medo eu tinha mas, no geral, até que estava tranquila. 

Na tarde do dia 30 de Agosto de 2003, era sábado e do nada, comecei a ficar pálida, lábios roxos, com náuseas e a bebé a mexer pouco. Recorri à urgência, a bebé foi monitorizada e mediram-me a tensão. Estava com sintomas de possível pré-eclâmpsia porém, mandaram-me para casa. Na madrugada de 2 de Setembro, 2 dias depois, recorri à urgência pois a Madalena estava a dar sinal. Eu nunca poderia imaginar o que me esperava. Entrei no Bloco de Partos às 6h30 da manhã e fui levada para uma cesariana de urgência apenas às 20h. Durante todas estas horas estive calma e nem um "ai" se ouviu da minha boca só que começaram as complicações e tanto os meus sinais vitais como os da Madalena começaram a baixar. Até hoje o meu marido não consegue lembrar-se disso sem chorar.

A um determinado momento comecei a desfalecer e a deixar de sentir as dores. Lembro-me de fechar os olhos e pedir a Deus que salvasse a minha filha. Honestamente? Pensei que ia morrer ali mesmo e que não iria conhecer a Madalena. Tive medo, muito medo! Senti a vida a ir embora do meu corpo enquanto o meu marido me abanava em pânico, tentando arrancar de mim alguma reacção. Nesse momento uma nova equipa médica entrava ao serviço e não perderam mais tempo, fui levada às pressas para a cesariana e só quando me abriram é que viram que eu tinha uma condição muito delicada chamada placenta prévia. A Madalena por sua vez tinha engolido líquido amniótico, e como se isso não bastasse tinha 2 circulares do cordão umbilical à volta do pescoço e teve de ser reanimada.  

Pensámos que as batalhas da Madalena tinham ficado por aí mas com o passar dos meses era visível que algo não estava bem ainda que eu insistisse em não querer admitir que a minha filha poderia ter algum problema.

Quando se vive, como eu, com sentimentos de rejeição durante tantos anos ao ver-me confrontada com a possibilidade de uma filha que não fosse "normal" era mais do que eu conseguiria aguentar. Era como que uma facada no meu peito… "Nem para gerar filhos eu sirvo", "Claro! Tinha de ser comigo… Nada dá certo comigo!" Esses eram alguns dos pensamentos que me assombravam e que tanto me assustavam. Só quem como eu se sentiu indesejado ou inadequado sabe o que isto é. 

Começámos por tratar um problema que julgávamos ser a causa do desequilíbrio porém, ninguém nos preparou para o que viria a seguir.  Depois de uma série de exames rigorosos prescritos pela pediatra, então é que se abriu o chão debaixo de nós… A Madalena tinha lesões cerebrais nos 2 hemisférios do cérebro provocadas pelo parto o que a curto prazo a tornariam semelhante a uma criança portadora de paralisia cerebral. O diagnóstico era de que não iria ter autonomia, não iria correr, brincar e até conseguir comer sozinha seria uma vitória.

"NÃO, NÃO, NÃO!" gritei em frente à médica. Dei murros na secretária enquanto gritava que ela estava errada. Não, eu não ia ter uma filha assim! Fiquei furiosa, revoltada… Senti-me esquecida por Deus, castigada por alguma coisa que tivesse feito! O que eu mais temia, acontecia. Sentia que nem para ter filhos eu servia. Na minha cabeça eu era tudo o que de pior uma mulher podia ser! E foi exactamente isso que eu gritei a Deus. A dor era insuportável. Já não bastava o trauma do parto e agora isto!

É muito difícil admitir mas, naquele momento, eu desejei nunca ter ficado grávida. Apetecia-me bater em toda a gente que me dizia que tudo iria ficar bem, que confiasse em Deus, só que era eu que iria ter uma filha dependente de mim toda a vida, era eu que teria de lidar com todas as suas limitações. Queria ser forte mas a verdade é que, por momentos, a minha esperança e fé desapareceram. Eu queria orar pela minha filha mas tudo o que conseguia era chorar, gritar, gemer e nem o meu marido sabia como eram os meus dias. Passei dias inteiros a chorar de manhã à noite lutando contra as vozes que dentro da minha cabeça me diziam que a culpa da minha filha ter aqueles problemas era minha.

Se na altura eu dei a batalha por vencida? Dei! Se eu desisti de lutar? De certa maneira, sim! Aquelas notícias tinham destruído o meu sonho da família perfeita e isso… era mais do que eu conseguia aguentar.

Deus, porém, tinha outros planos para nós.

Inexplicavelmente, passadas algumas semanas apenas, a menina  já se sentava sozinha e começou a dar os primeiros passos sem qualquer ajuda.  

Seis meses depois da consulta, a Madalena entrava sozinha no consultório e a própria pediatra disse que estávamos perante um milagre pois os danos no cérebro eram extensos e profundos. Pouco depois, ao consultar um otorrino particular descobrimos que as lesões tinham-se estendido à audição.

A Madalena tinha uma surdez profunda bilateral. Teria mesmo de aceitar que tínhamos uma filha com deficiência. Não foi fácil! Às vezes penso que inconscientemente queria que ela fosse tudo o que eu nunca fui, tivesse o que eu não tive, alcançasse o que não alcancei. Acho que é normal desejar isso para um filho, certo? Querer que ele vá sempre mais longe, mas a medicina dizia-me que isso não seria possível, pelo menos não da forma que eu pensava, da forma "normal" pois ela era surda! 

Foi um longo processo até o meu coração ficar totalmente curado dessa ferida. Graças a Deus a Madalena foi operada e colocou um Implante Coclear. Hoje faz a sua vida normal.

Depois de tudo isto eu fiquei com pânico de engravidar novamente ainda que o meu sonho fosse ser mãe de uma menina e de um menino. Sem que eu me desse conta esse medo foi desaparecendo e o nome Davi Emanuel pairava sobre a minha mente. Afastei esse pensamento pois os médicos disseram que muito dificilmente voltaria a engravidar. Era difícil mas não impossível. Estabeleci uma data e passado um tempo, eu nem queria acreditar! A seguir ao meu marido, liguei ao meu pai que pediu um neto para poder ter companhia para ir ver o Benfica. Infelizmente não o conheceu pois faleceu no mês seguinte. Quando o meu pai faleceu tive de fazer uma escolha, ou  lutava com todas as minhas forças para manter aquele bebé dentro de mim ou deixava a dor tomar conta do meu coração.

Reprimi tudo e concentrei-me naquele bebé. O meu segundo milagre!

Lembro-me perfeitamente de pedir a Deus unicamente uma coisa, era que não tivesse qualquer deficiência. Eu não iria aguentar novamente. A gravidez decorreu sem qualquer problema mas fui seguida de outra forma. Vim para casa pouco antes do Natal com a recomendação de repouso quase absoluto. Na quinta feira dia 14 de Janeiro o Davi não mexia e recorri ao Hospital. Estava a perder liquido amniótico. Como a causa era desconhecida, fiquei internada e fui transferida para uma unidade hospitalar em Lisboa. Na manhã de dia 17, Domingo, estava entrar em pré-eclâmpsia outra vez. Disseram-me que perdi a consciência várias vezes. Lembro-me de ligar ao meu marido a avisar que o Davi ia nascer mais cedo… Lembro-me de ver no monitor da máquina a tensão a 25/17,5 e de ouvir alguém dizer que eu estava na eminência de ter um enfarte. Lembro-me de agarrar o médico cirurgião pelos colarinhos (literalmente) e a chorar implorar por uma epidural ao invés de anestesia geral pois tinha medo de morrer na maca e não vir a conhecer o meu filho. Mas Deus é fiel! O meu Davi iniciou a sua caminhada a vencer gigantes. Não teve sequelas do parto, ainda que os médicos dissessem que as mesmas só seriam visíveis entre os 6 e 12 meses, mas elas nunca apareceram pois Deus é bom!

Hoje a Madalena tem 13 anos e o Davi 7… Nunca imaginei que passaria por estas aventuras e que seriam estas as lutas que me ensinariam a ser mãe. Honestamente, hoje consigo avaliar que sem estes percalços o meu egoísmo não teria sido tratado. Se muitas vezes tive vontade de abandonar tudo e fugir? Sim, muitas mesmo!!! Mas… como alguém me disse num dia particularmente difícil "Ser mãe de uma criança especial, faz de mim uma mãe especial e por isso mesmo Deus achou que eu seria capaz!

Graças a Deus a Madalena tem hoje acesso a um Agrupamento de escolas com ensino bilingue para alunos surdos que, apesar de ser um pouco longe, tem feito maravilhas por ela! O apoio que temos recebido dos professores é fantástico e somos muito gratos por isso.

A família, os amigos, a igreja também têm sido um factor importante… É claro que nem todas as pessoas com quem lidamos conseguem ter a sensibilidade e a capacidade de se colocarem no nosso lugar mas acho que isso é normal.

Sou muito abençoada pela vida dos meus filhos e as alegrias que me dão não têm preço.

Ainda há dias em que tudo parece enevoado mas cada um deles, à sua maneira, dá-me a possibilidade de ver vitórias dentro da intimidade do meu lar e da minha família.

Apesar dos dias menos bons gostaria de encorajar todos aqueles que se deparam com este tipo de situações, seja negligência médica, gravidez ou parto que não corre conforme o esperado a ter fé e esperança em dias melhores. O choro pode durar uma noite ou até muitas mas a cada manhã é-nos dada a possibilidade de lutar por aquilo que desejamos que aconteça! A cada novo dia surge uma nova hipótese de milagre e tudo, TUDO é possível ao que crê!

Quase 15 anos depois do nosso casamento e após muitas lutas continuamos juntos… Não porque somos bons mas porque Deus é bom e fiel ao que promete! Se arriscava uma terceira gravidez depois disto tudo? Sim, completamente! 

por Tânia Palmeiro

Edição @Ana Valido

fotos cedidas por @Tania Palmeiro

O bebé também é da Avó!

Qualquer semelhança... NÃO É pura coincidência! São manos mesmo! O babete é o mesmo! São a alegria desta mamã!

16 anos separam estas 2 fotos mas o amor, esse... cresce até sufocar de tanta alegria!

Apesar das semelhanças entre os meus amores, hoje vou falar de diferenças.

Enquanto a mamã vai trabalhar, o Simão fica com a avó, minha mãe, em casa. Não tenho palavras para agradecer à minha mãe pelo seu acto de pura generosidade em vir para ficar com o netinho mais novo. 

O tempo de regressar ao trabalho aproximava-se, galopante, e o meu coração ficava pequenino, pequenino só de imaginar o meu Simãozinho na escolinha, com 6 mesinhos, a sair de casa com frio, chuva... enfim! Com tudo o que a irmã passou aos 5 meses (fez em Dezembro 16 anos).

A minha mãe ainda trabalhava na altura e a Beatriz teve de ir para a escolinha. 

Todas as mães que já passaram por esta primeira separação sabem do que falo. As lágrimas, a saudade, o aperto no peito, o pé no acelerador no final de um dia de trabalho a tentar encurtar o mais rápido possível a distância que nos separa do quentinho daquele abracinho, do olhar que nos ama incondicionalmente, do sorriso que nos derrete de tanto amor!

A sensação desta vez foi bem diferente. Uma paz enorme, uma tranquilidade segura, tão segura como as mãos competentes e amorosas que cuidam do meu Simãozinho quando estou ausente.

Ninguém como eu sabe melhor o valor da enorme riqueza que é ser criada pela sua avó. Sabem tanto como eu, mas mais... é difícil. Foi um privilégio ter ao meu lado, até aos meus 14 anos, altura em que partiu, a avó mais amorosa e espectacular do mundo! A minha! Escrevo-o com lágrimas de saudade e profundo amor que os anos, tantos já, não apagam. É por esse motivo que estou muito grata à minha mãe por cuidar do Simão. Vai fazê-lo pelo tempo que ela puder. Quando não puder, ele irá passar por uma outra experiência que a mana já passou, bem diferente claro. A de ser acarinhado e cuidado por pessoas fantásticas, humanas e muito competentes, que já conheço bem, que não são da família mas que irão fazer parte da sua vida, da nossa. 

Sempre disse e reafirmo, não há dinheiro no mundo que pague os nossos filhos serem bem cuidados e acarinhados. Dinheiro da escola foi coisa que nunca chorei!

Mas, aqui entre nós que ninguém nos ouve... espero que esse tempo demore muuuuito a chegar. Até lá o Simão vai aproveitar os miminhos da vovó, vai crescer cheio de mimo e a chata da mamã vai poder continuar a telefonar as vezes que quiser para saber do seu bebé, e os outros 2 netos, e as filhas é que aproveitam e bem, não pensem que é só o Simão... a avó distribui mimos por onde passa!

Vivam as avós!

Obrigada por me lerem.

Mais sobre a sopinha do bebé!

Olá! Hoje o post é curtinho!

Afinal o peixinho fica adiado até aos 9 meses!

O mesmo para o ovo e os citrinos.

A única alteração que introduzimos foi a couve-flor e os brócolos, e correu muito bem!

De inicio estava muito receosa com a introdução programada de alimentos mas, todo o bom pediatra que se preze não nos deixa sair da consulta sem um esquema detalhado de introdução alimentar. 

O Simão gostou da sopa mas teve truque da mamã. Perguntei ao Pediatra do Simão se em vez de batata branca não poderia usar batata doce. Ele concordou e a sopa marchou logo! Achei, no entanto, que ele choramingou um pouco pelo que me pareceram cólicas, não muito intensas, mas não deixaram de ser cólicas e optei por retirar a batata doce. Só que nessa altura, 2 dias depois, já ele se tinha adaptado à sopinha e foi uma maravilha! A foto é da 1ª sopa e como vêem, não há caretas!

Não há nada como falar nas consultas sobre todas as duvidas. Ficar atentas a qualquer sintoma. Perguntei ao médico quais os sinais de que poderia haver intolerância. Sinais como borbulhas, vermelhidão, manchas, falta de ar, diarreias, etc. são alertas de que algo não está bem. 

Quando introduzi as carnes na sopa notei que os cocós ficaram duros e o Simãozinho esforçava-se notoriamente. Falei com o pediatra e alterámos a água que uso na preparação do leite e da sopa. Deixei a do Luso e começámos a usar Vimeiro que tem maior teor de magnésio. Foi o suficiente! 

Por ultimo uma dica: Embora eu faça as sopinhas e os purés de fruta na Bimby, optei por cozer primeiro a carne à parte e usar a água de cozer a mesma na preparação das sopas. Asseguro que fica deliciosa!

Quanto às papas, como o Simãozinho bebe leitinho hipo-alergénico escolho sempre papas a preparar com o leitinho dele e deixo de lado as lácteas. Quanto ao Gluten, atrasei 1 mês. Podia introduzir aos 6 mas esperei pelos 7 e dou muito raramente. Porquê? Manias de uma mãe Paleo!!!!

Experimentem as dicas se vos parecerem úteis e depois partilhem as vossas experiências. Quero aprender mamãs!

Estou muito grata porque tenho um comilão em casa! Nisto os meus filhos são parecidos, Graças a Deus! Sempre prontos quando vem uma colher na direcção deles! (risos)

Beijinhos e obrigada por me lerem!

O Bebé já come à colher!

Há muito que não vos escrevo. Não tem sido fácil encontrar tempo com o meu regresso ao trabalho e a uma nova rotina. Mas não me queixo! Tenho uma grande ajuda, a melhor do mundo! Tenho a minha mãe comigo a tomar conta do neto mais novo e, ao mesmo tempo, a apoiar os outros 2, o que é óptimo para todos! O Simãozinho faz hoje 7 meses. Parece que foi ontem, o meu homenzinho chegava finalmente. Tão lindo e redondinho! Como adorei o seu primeiro soninho aninhado junto a mim! Ouvir o seu respirar, o seu corpinho quente e pequenino junto ao meu, sentir o seu cheirinho!  Já não precisava de imaginar os seus movimentos, expressões, os traços do seu rosto, a forma das suas mãos... Estava ali o meu bebé, entregue aos meus carinhos e cuidados, todo meu para o contemplar todo o tempo do mundo! E que emoção o 1º leitinho que lhe dei. E a muda das fraldas? Já vos contei que durante as 2 primeiras semanas mais ou menos, sempre que abria a fralda apanhava um pequeno susto? Sempre fui mamã de menina e quando destapava a fralda, não esperava ver uma "mangueirinha"! (risos) Isto durava um centésimo de segundo,  depois logo me recompunha e sorria pensando que agora tinha um rapazinho e era tão bom quanto diferente!

O meu rapazinho está a crescer e eu não tenho pressa nenhuma. Desta vez estou a viver a maternidade a um ritmo lentamente delicioso. Não tenho outra forma de descrever a experiência com o meu Simãozinho. A vida deu-me uma nova oportunidade de fazer melhor e melhor... é tão saboroso!

Esperei, por esse motivo, que na consulta o Pediatra me indicasse que estava na altura do Simão começar a comer "bife com batatas fritas". É esta a expressão que o Dr. usa quando falamos em introduzir a comida à colher. Notei que só leite já o aborrecia, por um lado, por outro parecia que não o saciava. Queria mais e mais!

Foi então que aos 5 meses começámos a aventura da colher. Primeiro só papa. Correu muito bem! Depois experimentou a sopa e correu também lindamente. A primeira sopa foi feita com legumes 100% biológicos. Sempre que posso (não é todas as semanas) vou ao mercado biológico de Carcavelos (Qta Alagoa) e compro os legumes das sopas. Hoje tenho um comilão em casa que só visto! A fruta foi introduzida logo de seguida e é um sucesso. As preferências são um pouco exóticas e vão para a Manga e a Papaia! Para ajudar nesta transição e nas refeições optei por este prato da Chicco com reservatório para água quente que mantém a comidinha quentinha uma vez que de inicio ele demorava muito a comer. A colher, escolhi esta de silicone da Avent. Entretanto a maminha... acabou! Foi muito difícil para mim, quer emocional, quer fisicamente lidar com a rejeição mas, não foi a 1ª vez! Não me surpreendeu uma vez que o Simão saiu da maternidade com suplemento por causa da ictericia. Aconteceu, já passou e vamos em frente, que atrás vem gente! O leite que o meu bebécas bebe continua a ser o mesmo da maternidade. Agora já bebe o de transição (a partir dos 6 meses mudamos o leite) mas continua com este, o Nan H.A. Nunca teve cólicas, apenas notei 1 ou 2 vezes pequenos incómodos. Somos uns sortudos, é o que é!

E pronto, esta semana vamos à consulta dos 7 meses e já sei que vamos introduzir, sei lá, o "fish and chips"?! (risos) Vamos ver como corre o peixinho na sopa. A mana adorou! Vamos ver o mano!...

Até lá! beijinhos e um excelente ano a quem me lê! Obrigada!